domingo, 12 de dezembro de 2010

Filmes, pipoca e guaraná.

Passei meu fim de semana inteiro assistindo filmes, comendo pipoca, bebendo coca guaraná com os amigos e sozinho também porque não. E preciso destacar esses dois filmes maravilhosos que eu assisti. Vamos começar com:
Scott Pilgrim Vs The World!
Fui na casa de um amigo que tem um blu-ray um cartão de crédito internacional (porque esse filme não chegou nos cinemas daqui da minha cidade) e uma televisão de lcd gigante na sala para assistir Scott Pilgrim vs The World. E que filme bom! Me surpreendeu de verdade. Eu tenho um certo receio com adaptações de qualquer tipo, porém eu não li o quadrinho e fui assistir totalmente em branco.
Sinopse que achei no Google: Scott Pilgrim é um canadense de aproximadamente 24 anos, preguiçoso, anti-herói, roqueiro de garagem, que vive em Toronto, tocando baixo na banda "Sex Bob-OMB". Ele se apaixona pela entregadora de encomendas Ramona Flowers, mas deve derrotas os sete "ex-namorados do mal" dela, para poder ficar com a garota.
WE ARE THE SEX BOB-OMB ONE TWO THREE FOUR!!!

Cheio de referências indie-pop, muita música, muito video-game, atores que estão em alta. Tudo muito divertido. Tudo muito bem pontuado por uma linguagem retirada de games, com tiradas e cortes e um ritmo frenético que tenta imitar as transições de HQs. Fotografia perfeita, som e efeitos muito bons. E a trilha sonora, comprar esse cd pode ter certeza. O elenco coadjuvante é simplesmente perfeito e mesmo a atuação do Michael Cera (que eu não curto muito) conseguiu me convencer. Acho que foi o filme mais divertido que eu assisti esse ano. E ainda tem o Chris Evans totalmente canastrão nesse filme...

Trailer





Deixando de lado a ação, vamos para um filme que mexeu bastante comigo. E que eu tive que usar de meios obscuros torrent para poder ver.



J'ai tué ma mère (Eu matei minha mãe)
"Imagino que, às outras pessoas, odiar a mãe pareça um pecado. É uma hipocrisia. Estou certo de que também odiaram as suas mães. Talvez um segundo ou todo um ano. Talvez mais, mas se esqueceram. E o que me importa? Também o fizeram.” 

Dirigido, escrito e protagonizado por Xavier Dolan (que escreveu esse roteiro com apenas 16 anos), esse foi o filme que mais mexeu comigo esse fim de semana, afinal quem não tem brigas com a mãe. Esse ano pra mim foi um ano muito pesado nesse sentido e talvez eu tenha  me excedido várias vezes, mas vamos ao filme.
O filme conta a história de Hubert Minel um jovem de 17 anos com uma relação de amor e ódio com a mãe. O filme retrata um conflito entre mãe e filho sem muita reflexão psicológica. É um filme bastante histérico e o excesso na atuação de Xavier Dolan por vezes beira ao irritante, mas todos ali são muito críveis e palmas para Anne Dorval que interpretou a mãe de maneira espetacular.  Fotografia belíssima, trilha sonora bem legal também com destaque para música Noir Désir de Vive la Fête. 
Os problemas em se relacionar com os pais é um tema frequente em filmes e o medo de se arrepender um dia de não ter dito mais vezes que os amava, de fazê-los orgulhosos, pode tocar em uma ferida que para muitos ainda está aberta, é um filme com muitas discussões a troco de nada seguidas pelas constantes tentativas de reconciliação, ingratidão, contradição e muita histeria. É um filme bem real e que mereceu ser aplaudido de pé por oito minutos no Festival de Cannes  e ganhar seus três prêmios.
Claro que o filme ainda está longe de ser perfeito. Peca nos excessos. Excesso de referências pop, excesso de citações, excesso de histeria... Uma linha tênue entre genialidade e infantilidade. O jovem diretor ainda é um pouco imaturo no sentido de direção mesmo, porém parece ter um caminho promissor.


Trailer

 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Chatices

Sou um chato do pior tipo. Às vezes eu até pareço ser uma pessoa interessante e simpática. Não sou. Mesmo. E digo sou do pior tipo. Daqueles insuportáveis que reclamam de tudo. Porém eu disfarço bem com pessoas que não tenho intimidade. Me faço de simpático, fofo e feliz como ninguém. Mas o que eu quero mesmo é gritar e chorar porque o guardanapo não combina com a toalha da mesa. 
E fica pior em dias ensolarados. Sabe aqueles em que todo mundo resolve ir pra praia ou fazer um piquenique na praça. Ah! Mas eu odeio dias de sol! E odeio areia e odeio ficar suado, odeio tantas coisas...
Mas chato mesmo foi que eu me (re)matriculei na aula de natação. Depois da mamãe, dos irmãos, primos, amigos, inimigos e meu médico reclamarem da minha vida sedentária, eu cedi. Chato mesmo é ir na aula de dança e pisar no pé de todo mundo porque você é péssimo dançarino. E ter que jogar fora aqueles recadinhos recebidos no guardanapo daquele quase poeta que tem uma banda. Relação de amor e ódio. Isso sim foi difícil.
Chato mesmo é elogiar alguém. Nem todo mundo sabe elogiar sem constranger (eu não sei). Uns elogiam e elaboram tanto e outros nem prestigiam. E quando as pessoas acreditam em tudo que você diz facilmente, basta uma cara feia e pronto. Amizade balançou.  Então você chora escondido pra manter a dignidade.


Daí você vai na terapia e se pega chorando porque vai almoçar sozinho hoje... nossa tô ótimo, tô muito equilibrado... 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fim de ano

O ano de 2010 está acabando (graças a Deus!), já estamos em dezembro e falta pouco para as grandes comemorações (acelera na dieta) e analisando o ano como um todo ele foi um ano "quase legal". Pra mim pelo menos. Aconteceu tudo de ruim que poderia ter acontecido em 2010 e o principal: BRIGAS. Com a família, com os amigos, com o (ex)namorado...
Claro que 2010 me trouxe muitas coisas boas. Amigos principalmente. Alguns não duraram muito, outros se tornaram quase irmãos e isso é bom. Dizem por aí que quem tem amigos tem uma vida longa e feliz. Divertida também. Esse foi o ano mais divertido que eu tive depois dos meus 13 anos. Foi o ano em que eu fiquei mais bêbado também (20 horas), que parei e voltei a fumar umas 20 vezes e que eu mais gastei.

Também foi o ano em que meu namoro acabou. Depois de dois anos e alguns (quatro) meses tudo se foi assim bem rápido. Foi uma época bipolar onde hora eu estava triste, depois muito triste e de repente feliz, mas aos poucos eu fui (vou) me recuperando e voltando a vida normal.
E falando em vida normal esse foi o ano em que eu voltei a galinhagem ativa e a sair e conhecer pessoas novas.


Ah! Eu viajei muito pelo mundo!


Ok, eu não viajei. Mas encontrei um pouquinho de cada parte do mundo nos lugares em que eu fui. Uma música ou decoração diferente e pronto. Faz de conta.
E mesmo depois de uma série de desentendimentos familiares, crises, fim de namoro e recaídas talvez esse ano tenha sido um pouco melhor do que "quase legal". Também redescobri umas músicas perdidas no meu iTunes. Entre elas estava How to hang a Warhol do Little Joy (com a voz maravilhosa do Amarante), que é linda e traz um clima bom aqui pra casa, até a mamãe gosta! 




Como Pendurar Um Warhol


Mamãe, algum dia você terá muito orgulho de mim.
Você me verá expondo na galeria de Nova Iorque.
Um dia eu desenharei com o lado esquerdo do meu cérebro.
Pessoas me perguntarão, "isso é brilhante ou normal?"


Mas enquanto eu não souber
Pendurar um Warhol
Fico rascunhando pássaros
Todos em revoadas.
Bem simples e verdadeiros
Como, você sabe, quando a gente desenha
E se você gosta deles, yeahh.
Mas se não gosta, pode parar
Pois eu realmente não me importo


Eu disse, papai, algum dia vou escrever uma sinfonia.
Banda de 48 instrumentos, todos vestidos como eu.
Eu disse, um dia escreverei sátiras de canções antigas.
Vou arrepiar as medulas nos ossos deles


Mas enquanto eu não conseguir entrar
No Carnegie Hall
Fico escrevendo musicas
Que são todas minhas.
Bem simples e tolas
Como eu sempre fiz.
Se você gosta, yeah
Mas se não gosta, uma pena.
Porque isso é tudo que eu tenho


Desde que eu a conheci
Eu fico pensando "Deus,
Como é ótimo tocar violão"
Dessa forma eu sinto
Que ela esta sempre comigo.
Porque toda musica
Está me dizendo que desta vez
é sobre o nosso amor

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Email de um amigo

Uma coisa que eu sempre esqueço é de verificar meus emails, fico dias, semanas (meses?) sem abrir minha caixa de mensagens e acabo perdendo milhões de eventos e correntes que eu nunca repasso. Mas hoje eu finalmente a abri e tive notícias boas de um amigo. 
No começo desse semestre um grande (imenso) amigo foi morar em Berlim e foi um momento triste e feliz. Triste por culpa da saudade e lembranças que ele vai deixar. Feliz porque ele vai morar em Berlim caramba! Continuamos a nos comunicar, mas a falta de tempo de ambos e o preço das ligações internacionais fez com que perdêssemos um pouco o contato, apesar disso nossa amizade ainda persiste.
No email ele conta histórias desses últimos meses e fotos também. Também traz uma certa nostalgia e muita alegria por ele estar bem, vivo e se divertindo.
Ah! É tão bom ter um amigo.
Um amigo de verdade daqueles que não reclama quando você paga mico bêbado, que sabe a hora de mentir, a hora de abrir seus olhos, não te julga por ter dormido com o ex, chama pra sair quando vocês está triste, aceita comer na lanchonete da esquina quando você está quebrado pra ir em um restaurante, não liga se você engordou/emagreceu demais, que responde seus emails e não reclama das suas frescuras.
Respondi o email. Contei minhas desventuras e tudo que só se conta pra um grande amigo. Esperando a resposta. 


*Ps: Ah! Ele disse que vai me sequestrar e levar pra Berlim qualquer dia desses.