Passei meu fim de semana inteiro assistindo filmes, comendo pipoca, bebendo coca guaraná com os amigos e sozinho também porque não. E preciso destacar esses dois filmes maravilhosos que eu assisti. Vamos começar com:
Scott Pilgrim Vs The World!
Fui na casa de um amigo que tem um blu-ray um cartão de crédito internacional (porque esse filme não chegou nos cinemas daqui da minha cidade) e uma televisão de lcd gigante na sala para assistir Scott Pilgrim vs The World. E que filme bom! Me surpreendeu de verdade. Eu tenho um certo receio com adaptações de qualquer tipo, porém eu não li o quadrinho e fui assistir totalmente em branco.Sinopse que achei no Google: Scott Pilgrim é um canadense de aproximadamente 24 anos, preguiçoso, anti-herói, roqueiro de garagem, que vive em Toronto, tocando baixo na banda "Sex Bob-OMB". Ele se apaixona pela entregadora de encomendas Ramona Flowers, mas deve derrotas os sete "ex-namorados do mal" dela, para poder ficar com a garota.
WE ARE THE SEX BOB-OMB ONE TWO THREE FOUR!!!
Cheio de referências indie-pop, muita música, muito video-game, atores que estão em alta. Tudo muito divertido. Tudo muito bem pontuado por uma linguagem retirada de games, com tiradas e cortes e um ritmo frenético que tenta imitar as transições de HQs. Fotografia perfeita, som e efeitos muito bons. E a trilha sonora, comprar esse cd pode ter certeza. O elenco coadjuvante é simplesmente perfeito e mesmo a atuação do Michael Cera (que eu não curto muito) conseguiu me convencer. Acho que foi o filme mais divertido que eu assisti esse ano. E ainda tem o Chris Evans totalmente canastrão nesse filme...
Trailer
Deixando de lado a ação, vamos para um filme que mexeu bastante comigo. E que eu tive que usar de meios obscuros torrent para poder ver.
J'ai tué ma mère (Eu matei minha mãe)
"Imagino que, às outras pessoas, odiar a mãe pareça um pecado. É uma hipocrisia. Estou certo de que também odiaram as suas mães. Talvez um segundo ou todo um ano. Talvez mais, mas se esqueceram. E o que me importa? Também o fizeram.”
Dirigido, escrito e protagonizado por Xavier Dolan (que escreveu esse roteiro com apenas 16 anos), esse foi o filme que mais mexeu comigo esse fim de semana, afinal quem não tem brigas com a mãe. Esse ano pra mim foi um ano muito pesado nesse sentido e talvez eu tenha me excedido várias vezes, mas vamos ao filme.
O filme conta a história de Hubert Minel um jovem de 17 anos com uma relação de amor e ódio com a mãe. O filme retrata um conflito entre mãe e filho sem muita reflexão psicológica. É um filme bastante histérico e o excesso na atuação de Xavier Dolan por vezes beira ao irritante, mas todos ali são muito críveis e palmas para Anne Dorval que interpretou a mãe de maneira espetacular. Fotografia belíssima, trilha sonora bem legal também com destaque para música Noir Désir de Vive la Fête.
Os problemas em se relacionar com os pais é um tema frequente em filmes e o medo de se arrepender um dia de não ter dito mais vezes que os amava, de fazê-los orgulhosos, pode tocar em uma ferida que para muitos ainda está aberta, é um filme com muitas discussões a troco de nada seguidas pelas constantes tentativas de reconciliação, ingratidão, contradição e muita histeria. É um filme bem real e que mereceu ser aplaudido de pé por oito minutos no Festival de Cannes e ganhar seus três prêmios.
Claro que o filme ainda está longe de ser perfeito. Peca nos excessos. Excesso de referências pop, excesso de citações, excesso de histeria... Uma linha tênue entre genialidade e infantilidade. O jovem diretor ainda é um pouco imaturo no sentido de direção mesmo, porém parece ter um caminho promissor.
Trailer